Após vídeo de “adultização” infantil viralizar, oposição teme que conteúdo seja usado para censura nas redes sociais
O influenciador e humorista Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, voltou a ser assunto nas redes sociais dias após viralizar com um vídeo sobre “adultização” infantil. Desta vez, circula uma gravação em que ele aparece abrindo uma garrafa de champanhe para comemorar “o fim do Twitter”, registrada no período em que o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil.
Parlamentares da direita têm usado essa filmagem como argumento para questionar as intenções do criador de conteúdo ao abordar a exposição precoce de menores a conteúdos e comportamentos de adultos nas redes sociais, apontando possível alinhamento com propostas de regulação das plataformas.
Nas redes, internautas contrários a Felca passaram a chamá-lo de “cavalo de Troia da esquerda” e escrever frases como “nunca me enganou” nos comentários das publicações que citam o influenciador.
O vídeo sobre “adultização” das crianças ganhou repercussão ao tratar de temas como a sexualização precoce e a influência das plataformas digitais no cotidiano infantil. A discussão mobilizou parlamentares da direita à esquerda.
Em resposta às denúncias apresentadas por Felca, o presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou na terça-feira (12/8) a criação de um grupo de trabalho voltado à segurança das crianças na internet.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou, porém, que a oposição pretende obstruir qualquer proposta que considere configurar censura nas redes sociais.
Fonte: Paulo Cappelli
