Fusão entre União Brasil e PP vive crise antes de ser efetivada

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Acordo que faria ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) ser o presidente desta nova federação que vai ser a maior bancada do Congresso foi desfeito para que Antônio Rueda assuma essa primeira presidência, que será rotativa.

A fusão entre os partidos União Brasil e Progressistas (PP), que deve formar a maior bancada na Câmara dos Deputados e uma das maiores do Senado, já vive uma crise antes mesmo de ser efetivada.

A negociação de federação partidária entre PP e União Brasil foi feita prevendo um rodízio na presidência após a fusão. O acordo para que o ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) fosse este primeiro presidente foi desfeito.

Em seu lugar, deve assumir o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, para esta primeira presidência da federação. Rueda é presidente do partido deste o afastamento de Luciano Bivar, que se envolveu em uma briga política com Rueda após ter perdido a eleição para a sucessão do partido em em 2024.

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Após o mandato de Rueda, que ainda não teve duração divulgada, Lira assumiria o comando deste grande bloco parlamentar que está se formando no Congresso.

O acordo enfureceu Lira e foi costurado com o senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que nunca teve boa relação com Lira. Num dos momentos mais agudos da crise, Lira ameaçou deixar o PP.

A divulgação da federação está prevista para ser anunciada nesta terça-feira (29).

Ao ser concretizada, a fusão será a maior força do Congresso, com mais de 100 deputados e 14 senadores, além de ter os maiores repasses de verba pública para custeio de campanhas e funcionamento das siglas.

As federações partidárias foram introduzidas na legislação eleitoral em 2021. O modelo une duas ou mais siglas que passam a atuar como uma só por, no mínimo, quatro anos.

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Os arranjos também estabelecem que deve haver um alinhamento das siglas nas campanhas. Isso significa que a federação deve caminhar de forma unificada nas disputas, definindo conjuntamente candidaturas que representem a aliança.

A formação desse tipo de aliança pode ser benéfica financeiramente para partidos. As regras estabelecem que os resultados eleitorais dos partidos de uma federação devem ser somados para o cálculo da cláusula de barreira.

A federação permite que as siglas unidas compartilhem recursos no financiamento das campanhas para custear candidaturas. Somados, PP e União teriam direito a receber a maior fatia, entre os 29 partidos registrados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do fundo público de financiamento de campanhas: levando em conta os valores distribuídos em 2024, uma eventual federação entre PP e União faria jus a quase R$ 1 bilhão em recursos públicos.

Fonte: G1

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