Farra do INSS: jovens ricaços dirigem entidades que faturaram R$ 700 milhões

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Empresários donos de fintech e construtora e que ostentam casas e carros de luxo em Alphaville, região nobre de Barueri, na Grande São Paulo, controlam associações de aposentados investigadas pela Polícia Federal (PF) por participação na farra dos descontos indevidos do INSS.

Igor Dias Delecrode (à esquerda na foto em destaque), de 28 anos, Felipe Macedo Gomes (ao centro), 35 anos, Anderson Cordeiro (à direita), 38 anos, e Américo Monte, o “decano”, com 45 anos, comandam as entidades Amar Brasil Clube de Benefícios, Master Prev, ANDAPP e AASAP. Juntas, as quatro associações faturaram R$ 700 milhões com descontos de mensalidade de aposentados.

Documentos internos dessas entidades e relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostram como esse grupo desviava para suas próprias empresas o dinheiro arrecadado por essas associações e como elas criaram um sistema próprio de biometria para fraudar assinaturas dos aposentados que filiavam.

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Os mesmos documentos revelam como eles pagaram parentes de dirigentes do INSS por meio de suas empresas. Também mostram gastos em concessionárias de carros esportivos, joalherias de luxo e com embarcações. Além de uma fintech e uma construtora, o grupo também têm empresas de crédito consignado em Alphaville, mesmo bairro em Barueri onde moram em casas de luxo.

Dados da Operação Sem Desconto, da PF, já haviam mostrado que empresas ligadas ao grupo drenaram R$ 75 milhões dessas entidades. Relatórios enviados à CPMI do INSS, no Congresso, e documentos obtidos pelo Metrópoles mostram gastos com uma vida de altíssimo padrão.

Gomes, por exemplo, gasta, sozinho, mais de R$ 100 mil por mês em grifes de luxo, como Luis Vitton, Channel e Dior. Somente em um mês, pagou R$ 197 mil em parcelas de compras de duas dessas marcas. Também tem carros de luxo como Mercedes e Lamborghini.

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Fonte: metropoles.sp