O governo do presidente petista que já foi preso pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Luiz Inácio Lula da Silva, acelerou o pagamento de emendas parlamentares durante o julgamento do ex-presidente conservador Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF).
O valor total liberado desde o início da análise do caso no STF soma R$ 3,2 bilhões, em uma estratégia para conter a adesão do Centrão à proposta de anistia aos condenados por suposta tentativa de golpe de Estado.
A aceleração ocorreu após o governo petista perceber que havia uma chance real do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautar a proposta de anistia em plenário. Uma ala do Centrão apoia a iniciativa, enquanto outra prefere votar o projeto para derrotá-lo. O objetivo do governo Lula é garantir que o segundo grupo seja majoritário e ajude a base governista a enterrar de vez a proposta de anistia a Bolsonaro.
O governo Lula chegou a pagar R$ 2,3 bilhões somente na última terça-feira (09/09), dia em que o STF retomou o julgamento para os votos dos ministros. Segundo dados do portal Metrópoles, este foi o maior volume de emendas liberado em um único dia em 2025.
A expectativa é que o governo petista continue a liberar recursos para as bases eleitorais dos parlamentares nos próximos dias, buscando assegurar o apoio do Congresso para derrotar o projeto de anistia.
