Fux contraria maioria do STF e vota contra restrições impostas a Bolsonaro

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O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi a única voz divergente no julgamento que analisou as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em contraste com os demais ministros, Fux votou contra a aplicação de restrições como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição do uso de redes sociais pelo ex-mandatário.

Para o ministro, as medidas determinadas pelo Supremo podem ser excessivas e precisam respeitar rigorosamente os princípios do devido processo legal e da presunção de inocência. Fux alertou para o risco de se impor restrições desproporcionais sem a devida fundamentação, defendendo que a Justiça deve atuar com equilíbrio e responsabilidade.

Além disso, o ministro manifestou publicamente seu ceticismo em relação à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Fux apontou mudanças de versão e inconsistências no depoimento de Cid, destacando que colaborações premiadas só podem fundamentar decisões judiciais quando devidamente corroboradas por provas independentes.

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Outro tema sensível abordado por Fux diz respeito às penas aplicadas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. O ministro tem se posicionado a favor de uma dosimetria justa, argumentando que as punições devem ser proporcionais à gravidade dos crimes e considerar as particularidades de cada réu. Para ele, a Justiça não pode agir movida por pressões externas ou por desejo de punição exemplar sem base legal adequada.

Fux também questionou a condução de processos envolvendo autoridades com foro privilegiado. Ele defende que essas ações sejam analisadas pelo plenário completo do STF — e não apenas por turmas — a fim de assegurar julgamentos mais amplos e colegiados, dada a relevância constitucional das matérias.

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Com essa postura, Luiz Fux reafirma seu compromisso com a observância rigorosa dos direitos constitucionais e processuais, ressaltando a necessidade de decisões judiciais equilibradas, baseadas em provas sólidas e respeitosas aos direitos fundamentais. Sua divergência reforça o papel do STF como corte constitucional e destaca a importância da pluralidade de entendimentos dentro da própria Suprema Corte.

Fonte: Jovem Pan

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