Governo busca acordo com os EUA para evitar tarifaço de 50%, diz Alckmin

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Vice-presidente lidera reuniões com empresários e sinaliza esforço diplomático para evitar prejuízos à indústria e ao agronegócio brasileiros

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (15) que o governo federal está empenhado em alcançar um acordo com os Estados Unidos antes do início da vigência das novas tarifas de importação impostas por Washington a produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump, prevê um aumento de até 50% nas tarifas e entra em vigor no dia 1º de agosto.

Durante o dia, Alckmin liderou duas reuniões com representantes dos setores industrial e agropecuário, que apresentaram um panorama dos impactos já sentidos com a sinalização do tarifaço. Acompanhado de ministros e secretários da área econômica, o vice-presidente ouviu relatos de perdas e preocupações crescentes entre empresários.

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“O governo está fazendo todos os esforços para avançar nas negociações com os Estados Unidos e evitar a entrada em vigor das novas tarifas. A intenção é buscar um entendimento antes do prazo estabelecido”, declarou Alckmin após os encontros.

Empresários presentes nas reuniões demonstraram confiança nas negociações conduzidas pelo governo federal e reforçaram a importância de manter o diálogo, sem recorrer a medidas retaliatórias neste momento. Algumas associações chegaram a sugerir que o Brasil solicite formalmente o adiamento da implementação das tarifas, o que daria mais tempo para uma solução diplomática.

As novas tarifas representam um duro golpe para setores estratégicos da economia brasileira, como o agronegócio e a indústria de base. Alckmin reforçou que o Planalto está mobilizando esforços diplomáticos e técnicos para mitigar os impactos e proteger os interesses nacionais.

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A escalada tarifária promovida por Trump é vista como resposta ao que o governo norte-americano tem chamado de “descompasso comercial” e “falta de reciprocidade”, embora bastidores diplomáticos apontem também um viés político na medida, em meio à campanha eleitoral nos EUA.

O Itamaraty e o Ministério da Fazenda também acompanham o caso de perto, e novas reuniões estão previstas para os próximos dias. A expectativa é que, até o fim de julho, o governo brasileiro consiga apresentar alternativas que evitem a imposição definitiva das tarifas.

Fonte: Agencia Brasil

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