Bolsonaro diz ter paixão por Trump e pede ‘liberdade’ para falar com ele

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a causar polêmica ao declarar publicamente, nesta terça-feira (15), ser “apaixonado” por Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos. A afirmação foi feita durante entrevista ao portal Poder360, em meio às recentes tensões diplomáticas provocadas por uma nova tarifa imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros.

“Eu gosto dele, sou apaixonado por ele, pelo povo americano, pela política americana, pelo país que são os Estados Unidos”, afirmou Bolsonaro. A fala veio no momento em que os EUA anunciaram uma tarifa de 50% sobre determinados produtos brasileiros, numa medida vista como retaliação indireta à situação judicial do ex-presidente no Brasil.

Durante a entrevista, Bolsonaro evitou críticas diretas à decisão de Washington, mas cobrou “liberdade” para manter conversas com Trump, mesmo após o republicano afirmar, mais cedo, que “não é amigo” do político brasileiro. Apesar do tom distante, Trump voltou a criticar os processos contra Bolsonaro, que é investigado por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

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O ex-mandatário brasileiro também usou a entrevista para elogiar o sistema político dos EUA e se disse injustiçado com as investigações em curso no Brasil. Ele reafirmou sua proximidade ideológica com o ex-presidente norte-americano, mesmo diante da sinalização de distanciamento por parte de Trump.

As declarações repercutiram nas redes sociais e no meio político, reacendendo o debate sobre a influência da política norte-americana na extrema-direita brasileira e sobre a atual fragilidade das relações bilaterais entre os dois países.

Contexto tenso nas relações Brasil-EUA

A fala de Bolsonaro ocorre em um momento delicado nas relações diplomáticas. Na última semana, o governo dos Estados Unidos anunciou uma elevação de tarifas de importação sobre produtos brasileiros, o que gerou críticas no setor produtivo nacional. A medida teria sido motivada, segundo analistas, por pressões internas e pela instabilidade gerada pelas investigações contra Bolsonaro.

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Nos bastidores, o Itamaraty busca amenizar o clima com Washington, enquanto o Palácio do Planalto observa com cautela a aproximação de Bolsonaro com setores ligados à ala mais radical do trumpismo nos EUA.

A entrevista e suas repercussões levantam questionamentos sobre os impactos da retórica bolsonarista para a imagem internacional do Brasil e sua política externa nos próximos meses.

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