DESENVOLVIMENTO – O ARARIPE ESTÁ PREPARADO PARA A FERROVIA TRANSNORDESTINA?

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Ferrovia Transnordestina

Com 1.757 km de extensão, a Transnordestina liga o Piauí aos portos de Suape (PE) e Pecém (CE). O traçado atravessa o cerrado piauiense e representa uma importante rota para o escoamento de minérios, grãos e outras cargas da região Nordeste com destino aos mercados nacional e internacional. É uma ferrovia em construção no Brasil que promete revolucionar o transporte de cargas no Nordeste, com uma capacidade projetada de movimentar 30 milhões de toneladas anuais, a ferrovia visa facilitar o escoamento de produtos como grãos, fertilizantes e minérios (gesso e ferro), com foco na exportação.

A obra

A CSN e o Governo Federal estão construindo a ferrovia, a maior obra linear em execução no Brasil. A ferrovia de classe mundial passa por 53 municípios, partindo de Eliseu Martins, no Piauí, em direção ao porto do Pecém, no Ceará, passando por Salgueiro, e outro ramal até o Porto de Suape. O adiantado da obra mostra até o Porto de Pecém. O projeto realiza o antigo sonho de integração nacional, além de incentivar a produção local e promover novos negócios.

A obra é feita com recursos da CSN, Infra (anteriormente denominada Valec), Finor, BNDES, BNB e Sudene. A ferrovia transportará grãos, fertilizantes, cimento, combustíveis, minério, etc.

Ao promover a integração, a Transnordestina se consolidará como um elo fundamental para dinamizar a economia do Nordeste e aproximar o Brasil dos principais mercados mundiais.

A importância do Modal Ferroviário para o Araripe

O modal ferroviário desempenha um papel estratégico no desenvolvimento logístico e econômico da região do Araripe. Capaz de transportar grandes volumes de carga com baixo custo por tonelada, é uma solução altamente eficiente para longas distâncias, especialmente no escoamento de ferro e gipsita e seus derivados.

Além da competitividade, o transporte ferroviário também se destaca por ser mais sustentável, emitindo menos gases poluentes em comparação com outros modais, como o rodoviário. Essa característica é essencial em um cenário onde a eficiência energética e a redução da pegada ambiental se tornaram prioridades para empresas e governos.

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Outro ponto relevante é a possibilidade de integração do modal ferroviário com outros modais — como o rodoviário, o aquaviário e o aéreo —, fortalecendo uma logística multimodal que amplia o alcance e a flexibilidade das operações logísticas.

Novas perspectivas para o Araripe com a ferrovia

Além do desenvolvimento da cadeia produtiva do gesso com a ferrovia, se vislumbra o desenvolvimento de outra cadeia que poderá ser importante para a economia da região que é a implantação do setor de produção de frango de corte e ovos.

O desenvolvimento da avicultura na região do Araripe, pode ser uma atividade de destaque, com um importante papel na economia local e na geração de empregos. A região, com municípios como Araripina, Bodocó, Exu, Ipubi, Granito, Moreilândia, Santa Cruz, Santa Filomena, e Ouricuri apresenta um cenário favorável para produção avícola por estarem inseridos na Chapada do Araripe local com temperaturas mais amenas durante bons períodos do ano.

Destaques da avicultura no Araripe

Produção: A avicultura poderá ser uma atividade relevante para a economia da região, com a produção de frangos e ovos.

Empregos: A avicultura gerará empregos diretos e indiretos, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do Araripe.

Desafios: A região no momento enfrenta desafios para se consolidar como produtora de frangos devido à alta no preço dos insumos e a dependência de mercados distantes, especificamente no caso do milho que é um insumo importante para produção avícola. Este desafio pode ser vencido com a ferrovia que possibilitará trazer este insumo através dos portos de Pecém e Suape vindo de grandes regiões produtoras.

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Inovação: Há busca por soluções inovadoras do sistema de produção são importantes para alavancar a competitividade da avicultura da região.

Mercado: A região faz divisa com os Estados do Ceará, Piauí e mais além com a Bahia. Temos grandes mercados a pouco mais de 300 km.

Cooperação: A criação de cooperativas e a colaboração entre produtores são estratégias que podem contribuir para o surgimento e fortalecimento da cadeia produtiva avícola do Araripe.

O POLO GESSEIRO ESTÁ PREPARADO PARA A TRANSNORDESTINA?

A introdução de uma ferrovia num segmento que não está preparado pode gerar impactos econômicos diversos, tanto positivos como negativos. De um lado, a ferrovia pode impulsionar o crescimento econômico local, reduzindo custos de transporte e facilitando o acesso a mercados mais amplos. De outro lado, a adaptação à nova realidade pode gerar desafios, como a necessidade de investimento em infraestruturas complementares e a reestruturação de atividades econômicas existentes.

Custo de Implantação e adaptação:

A construção de ferrovias e a adaptação da rede rodoviária e outras estruturas podem custos elevados, exigindo investimentos significativos.

Necessidades de Reestruturação:

Algumas empresas e atividades econômicas podem precisar adaptar-se à nova realidade, exigindo investimentos adicionais nas alterações nas práticas de trabalho.

Em suma, a introdução de uma ferrovia num segmento que não está preparado pode ser uma oportunidade de desenvolvimento econômico, mas exige uma análise cuidadosa dos impactos, com a devida preparação e investimento para mitigar os desafios e maximizar os benefícios.

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